Depois do fim de ano com quedas esperadas na porcentagem de vendas se comparada ao mesmo período de 2014, o comércio parte para mais um desafio em 2016. A orientação da Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba (Acidi) é cautela. Cautela nas compras, na reposição dos estoques e nos gastos. Partindo disso, o comércio da cidade se mostra forte para enfrentar os obstáculos do ano que começa.
No fim de 2015, após um ano de instabilidade econômica, a queda nas vendas em relação ao fim de 2014 já era esperada e fez os lojistas se prepararem, segurando o impacto da redução nos negócios, que girou em torno dos 10%.
Para as grandes redes, a queda nas vendas foi menor. Esperando uma procura abaixo das expectativas, as grandes lojas conseguiram administrar bem os seus produtos e minimizar os prejuízos. O problema maior ficou os com os comércios de pequeno porte. Sem grandes estoques, arriscar-se com grandes gastos gerou quedas significativas, chegando a 30% em alguns segmentos.
O gerente de uma grande rede de departamento em Itaquá, Manuel Silva, contou como se preparou para o final de 2015 e adiantou as suas estratégias para 2016. “Esperamos uma redução e trabalhamos em diminuir esse prejuízo. Nós tivemos uma queda de 7%, em relação a 2014, mas ainda assim foi dentro que esperávamos e acabou sendo um impacto bem assimilado. Para este ano, estamos apostando na mescla de produtos e valores. Dar opções para todas as situações financeiras, assim vamos conseguir lutar mês a mês para manter a loja em uma boa rota”, explicou.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba (Acidi), Luciano Dávila, fez uma avaliação positiva das vendas no período de final de ano. “Claro que é melhor crescer e aumentar as vendas, mas depois do ano instável que passamos, calcular uma queda que gira os 10% acaba não sendo tão ruim. Somando as oscilações de inflação, conseguimos respirar nas vendas de fim de ano”, explicou.
Além da avaliação das vendas, Luciano ressalta que cautela é a chave para se manter forte e crescer em 2016. “O ano começou instável e deve ser assim nos primeiros meses. Então é complicado fazer uma previsão. Os lojistas precisam acreditar que as coisas vão melhorar e trabalhar focado com bastante atenção as vendas e compras. Com cautela, de pouco em pouco, acredito muito que teremos um ano melhor para o nosso comércio. Nenhum segredo maior que trabalhar e acreditar”, concluiu o presidente da Acidi.
Com um novo ano, sempre se renovam as esperanças e é assim que o comércio de Itaquaquecetuba começa 2016, com esperança de melhora e crescimento.