Comércio de Itaquá segue tendência nacional e tem crescimento nas vendas nos últimos 12 meses
O comércio varejista fechou 2018 com alta de 2,3%, a maior taxa anual desde 2013, quando as vendas aumentaram 4,3%. Foi o segundo resultado positivo consecutivo, ficando ligeiramente acima do desempenho de 2017, quando subiu 2,1%. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada, nesta quarta-feira (13),hoje pelo IBGE.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba (Acidi), o crescimento foi da ordem de 3,5% graças às campanhas da entidade promovidas ao longo do último ano. "Nos mobilizamos em diversas frentes para mobilizar o consumo no varejo da nossa cidade e estamos mantendo o ritmo em 2019 para seguir com este crescimento com ferramentas como a Acidi Shop TV", explica.
No índice mensal, as vendas de dezembro caíram 2,2% em relação às de novembro, no que foi o pior resultado para o mês desde 2000, porém cresceram 1,8% na comparação com dezembro de 2017. “Como em novembro houve uma disparada nas vendas por causa da Black Friday, já era esperado que dezembro registrasse queda”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes
As vendas da atividade que contempla os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 3,8% e registraram a maior influência positiva, seguida pelos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 7,6%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 5,9%.
Já as atividades com as principais quedas nas vendas foram combustíveis e lubrificantes (-5%), tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,7%). “Supermercados, artigos pessoais e farmacêuticos englobam produtos que fazem parte do cotidiano das pessoas. Diante de uma economia estável, são setores que naturalmente apresentam crescimento. Já entre as atividades que caíram, destaca-se o setor de combustíveis e lubrificantes, que, em 2018, sofreram com alta nos preços acima da inflação”, diz Isabella.
Vendas do setor automotivo têm a maior alta em 11 anos
No comércio varejista ampliado, que inclui os ramos de veículos e materiais de construção, as vendas tiveram alta de 5%, a maior dos últimos seis anos. O resultado teve forte influência das vendas de veículos, motos, partes e peças, que cresceram 15,1% em 2018, a taxa mais elevada desde 2007, quando cresceu 22,6%.
“Esse desempenho pode ser explicado pela melhora nas condições de financiamento, refletida na redução das taxas de juros e no aumento do volume de crédito para aquisição de veículos”, encerra a pesquisadora.